Mais de 100 apresentações em 15 locais históricos unem tradição, inovação e talentos emergentes em um dos festivais mais queridos da capital dos EUA.
Washington, DC, conhecida por seus memoriais imponentes e museus gratuitos, revela um lado ainda mais pulsante entre os dias 27 de agosto e 1º de setembro, quando o DC JazzFest espalha música por toda a cidade. Em sua 21ª edição, o evento vai muito além de uma programação de shows: transforma a capital em uma celebração sonora a céu aberto, reunindo lendas do jazz, artistas contemporâneos e novos talentos em uma maratona de apresentações gratuitas e pagas.
Com mais de 100 shows distribuídos por 15 locais históricos, o festival cria um roteiro cultural que vai do monumental ao intimista. É possível assistir a um grande concerto às margens do Rio Potomac e, poucas horas depois, se acomodar em um clube de jazz em U Street, bairro berço de Duke Ellington. A proposta é simples e irresistível: levar o jazz para todos os cantos da cidade, mantendo sua essência democrática e emocional.
The Wharf: o coração do festival
Durante o feriado de Labor Day (30 e 31 de agosto), as atenções se voltam para The Wharf, zona portuária revitalizada que combina píeres históricos, arquitetura contemporânea, gastronomia e um calçadão animado à beira do Potomac. Ali, artistas renomados e novos talentos se apresentam diante de um público diverso, com o som do jazz misturando-se ao barulho dos barcos e aos aromas dos restaurantes — uma experiência sensorial completa.
Tradição e inovação lado a lado
O DC JazzFest também ocupa outros palcos icônicos da cidade, como o Kennedy Center, que oferece apresentações gratuitas na Millennium Stage, e o Arena Stage, onde a série Meet the Artist promove conversas e performances que aproximam músicos e plateia.
O line-up de 2025 confirma o equilíbrio entre tradição e vanguarda: Branford Marsalis, Ron Carter, Eddie Palmieri, Gary Bartz e a lendária Sun Ra Arkestra dividem espaço com vozes marcantes como Lalah Hathaway e Cécile McLorin Salvant. Já o DCJazzPrix dá visibilidade a novos nomes, incluindo Birckhead, Hiruy Tirfe e The String Queens.
Como viver o festival
Com acesso facilitado por estações de metrô como Waterfront e L’Enfant Plaza, e bairros que podem ser explorados a pé ou de bicicleta, o DC JazzFest convida o público a se deixar levar pelo improviso — marca registrada do gênero. A dica é experimentar: ouvir bandas desconhecidas, sentar à beira do rio, caminhar sem pressa entre os shows.
Mais do que um evento musical, o DC JazzFest mostra um lado criativo, multicultural e acolhedor de Washington, onde a arte se torna linguagem universal. Quando o jazz começa a tocar, até a capital mais política do mundo se rende ao prazer de sentir.
Para programação completa e ingressos: dcjazzfest.org.